Vestiário FC #15 – Nova Cidade

Vestiário FC #15 – Nova Cidade
Foto: arquivo pessoal

O Esporte Clube Nova Cidade foi fundado em 10 de setembro de 1939 por inúmeros desportistas de Nilópolis, que na época ainda era um distrito de Nova Iguaçu. Após passar anos no amadorismo e disputando competições com clubes de cidades vizinhas como Duque de Caxias e São João de Meriti, o Quero-Quero da Baixada entrou nas competições promovidas pela Ferj a partir da década de 1980.

Depois de campanhas sem muito destaque na Terceira Divisão estadual em 1983 e 1985, o Nova Cidade começou sua escalada conquistando o vice-campeonato da terceirona em 1986 e garantindo o acesso ao lado do campeão Tomazinho, de São João de Meriti. A estreia no Campeonato Carioca da Segunda Divisão aconteceu em 1987 e no ano seguinte o Nova Cidade conquistou o troféu da divisão de acesso após superar as pesadas camisas de Campo Grande, Olaria e São Cristóvão no quadrangular final.

A estreia no Campeonato Carioca da Primeira Divisão ocorreu no dia 12 de fevereiro de 1989 em Campos dos Goytacazes, uma derrota por 2×0 para o Americano. Sem poder jogar no seu estádio, o Joaquim de Almeida Flores, devido a falta de estrutura do mesmo, a solução encontrada pelo Nova Cidade foi mandar seus jogos em Mesquita, no Nielsen Louzada. O primeiro turno da equipe nilopolitana não foi muito bom, amargando a vice-lanterna. No entanto, o Nova Cidade conquistou pontos importantes no returno contra adversários diretos e conseguiu empatar com o futuro campeão brasileiro Vasco da Gama em São Januário, um feito e tanto para um clube que estava inativo cinco anos antes.

A oitava colocação em 1989 não se repetiu no ano seguinte: com apenas uma vitória em 22 jogos, um 2×0 sobre o Itaperuna em Mesquita, o Nova Cidade foi rebaixado para o Campeonato Carioca da Segunda Divisão e desde então nunca mais conseguiu se aproximar da principal divisão do futebol fluminense. Mesmo sendo um dos clubes mais tradicionais da região metropolitana nas categorias de base, revelando o lateral-esquerdo Serginho (ex-São Paulo e Milan) após o rebaixamento, o Quero-Quero de Nilópolis montou por sucessivas vezes equipes pouco competitivas. Além disso, esteve afastado do futebol profissional nos anos de 1993, 1996 a 1999, 2002 a 2005 e 2012.

A camisa que ilustra esse post é da temporada 2020, a segunda após o título da Série B2 (terceira divisão) e o retorno ao segundo nível do futebol carioca. A conquista do primeiro troféu e a presença nas quartas de final da Copa Rio em 2019 mostraram que o Quero-Quero da Baixada não era mais a equipe combalida das décadas anteriores. A camisa número 1, predominantemente vermelha, possui um tecido simples mas não deixa de ser chamativa pela marca d’água do escudo do Nova Cidade em toda a camisa e pelo patrocínio da escola de samba Beija-Flor, um outro símbolo de Nilópolis e que fica a menos de 3 km do Estádio Joaquim de Almeida Flores.

Foto: arquivo pessoal

Se as temporadas de 2018 e 2019 foram marcantes para o torcedor do clube, inúmeros percalços dificultaram o 2020 do Nova Cidade. O maior de todos, a pandemia, não foi o primeiro a aparecer. No final de 2019, os clubes filiados à Ferj aprovaram a criação de uma nova segunda divisão, a Série A2. Com isso, sete dos 17 participantes da B1 se manteriam, mas cairiam para o terceiro nível, e os dois últimos sofreriam um rebaixamento duplo, da segunda para a quarta divisão. O início do campeonato não foi bom: o primeiro treinador do time, Vianna Júnior, foi demitido após não conseguir uma vitória nos oito primeiros jogos do Nova Cidade.

Dono da pior campanha entre os 17 participantes após a conclusão da primeira parte do campeonato, o Quero-Quero da Baixada trouxe um novo treinador para o segundo turno e o time deu liga: os 11 pontos conquistados pela equipe de Alexandre Viana foram suficientes para evitar o duplo rebaixamento. O time-base do Nova Cidade na temporada 2020 era formado por Lucão, Léo Júnior, Caio, Daniel Christani e Farney; Ruan, Jonathan Napu, Luan e Jean Claudio; Geovane e Diego Armando.

Foto: arquivo pessoal

João Pedro

Embora não faça nenhum curso relacionado ao jornalismo, vê na escrita de textos uma forma de externar sua paixão sobre o esporte. Esteve por dois anos na equipe de esportes da Rádio do Comércio de Barra Mansa.

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